Jaraguá do Sul

Grande Oeste

Em 1851 nas terras dotais da Princesa Dona Francisca e do Príncipe de Joinville, inicia-se a colonização do Domínio Dona Francisca, tendo por limite o lado esquerdo do rio Itapocu. Em 17 de outubro de 1870 a Lei Federal nº 1904 instituía o Patrimônio Dotal da Princesa Isabel casada em 1864 com o Conde d’Eu: terras devolutas a serem demarcadas em Santa Catarina – Grão-Pará (Orleans) e em Joinville.

No ano de 1875 Emílio Carlos Jourdan, engenheiro e coronel honorário do Exército Brasileiro, foi convidado para fazer a medição e tombamento de 25 léguas quadradas no Vale do Itapocu e Rio Negro, assinando contrato em 21 de janeiro de 1876. Na mesma época assinou instrumento particular de arrendamento de 430 hectares das terras com a Princesa Isabel. Após sua chegada a Joinville, parte para São Bento em 29 de fevereiro de 1876 e 49 dias depois retorna a Joinville, em 17 de abril de 1876, encerrando a demarcação.

Passa a colonizar os lotes e com auxílio de 60 trabalhadores que cultivam a cana-de-açúcar, constituindo-se ali um engenho de cana, serraria, olaria, engenho de fubá e mandioca. O Estabelecimento Jaraguá, em tupi-guarani Senhor do Vale, ficava entre os rios Itapocu e Jaraguá e a região pertencia ao município de Paraty (Araquari). Em 17 de abril de 1883 foi anexada por Joinville. Diante da impossibilidade de reverter a situação Jourdan em 1888 desiste deste empreendimento, que foi depredado...

Em 1851 nas terras dotais da Princesa Dona Francisca e do Príncipe de Joinville, inicia-se a colonização do Domínio Dona Francisca, tendo por limite o lado esquerdo do rio Itapocu. Em 17 de outubro de 1870 a Lei Federal nº 1904 instituía o Patrimônio Dotal da Princesa Isabel casada em 1864 com o Conde d’Eu: terras devolutas a serem demarcadas em Santa Catarina – Grão-Pará (Orleans) e em Joinville.

No ano de 1875 Emílio Carlos Jourdan, engenheiro e coronel honorário do Exército Brasileiro, foi convidado para fazer a medição e tombamento de 25 léguas quadradas no Vale do Itapocu e Rio Negro, assinando contrato em 21 de janeiro de 1876. Na mesma época assinou instrumento particular de arrendamento de 430 hectares das terras com a Princesa Isabel. Após sua chegada a Joinville, parte para São Bento em 29 de fevereiro de 1876 e 49 dias depois retorna a Joinville, em 17 de abril de 1876, encerrando a demarcação.

Passa a colonizar os lotes e com auxílio de 60 trabalhadores que cultivam a cana-de-açúcar, constituindo-se ali um engenho de cana, serraria, olaria, engenho de fubá e mandioca. O Estabelecimento Jaraguá, em tupi-guarani Senhor do Vale, ficava entre os rios Itapocu e Jaraguá e a região pertencia ao município de Paraty (Araquari). Em 17 de abril de 1883 foi anexada por Joinville. Diante da impossibilidade de reverter a situação Jourdan em 1888 desiste deste empreendimento, que foi depredado em 1893.

Com a Proclamação da República em 1889 as terras dotais passam para o domínio da União, e em 1893 para a jurisdição dos Estados. As terras devolutas na região, à margem direita do Rio Jaraguá, passam a ser colonizadas pelo Estado através do Departamento de Terras e Colonização, sediado em Blumenau, a partir de 1891: na região de Garibaldi e Jaraguá Alto, com imigrantes húngaros; na região do Rio da Luz e Rio Cerro com colonizadores alemães e neste último também com italianos.

Após sua participação na Revolução de 1893 ao lado do Marechal Floriano Peixoto, Emílio Carlos Jourdan retorna a região e solicita ao Governador do Estado de Santa Catarina, Hercílio Pedro da Luz, a concessão de 10.000 hectares de terras para a Colônia Jaraguá, o que ocorre em 15 de maio de 1895, com escritura lavrada em 4 de fevereiro de 1896. Devido a problemas de demarcação da concessão e desavenças políticas, Emílio Carlos Jourdan vende a concessão em Primeiro de julho de 1898, para Pecher & Cia e retira-se para o Rio de Janeiro.

No ano de 1895 Joinville institui Jaraguá como o 2.º Distrito, nomeando para Intendente, Maximiliano (Max) Schubert e em 22 de agosto é criado o Distrito de Paz. Mas, em 1896 a região volta a pertencer a Paraty. Houve ainda a possibilidade de formar com Barra Velha um município com o nome de Glória. Foram realizadas consultas populares em 1897: Georg Czerniewicz e Roberto Buhler lideravam o grupo que defendia a emancipação; Rosemberg, Butschardt e Koch eram do grupo que queriam ser anexados a Joinville. Venceu o segundo grupo e Jaraguá passou, efetivamente a ser, o 2.º Distrito de Joinville.

Após alguns anos, de um simples povoado, Jaraguá se tornou uma vila economicamente ativa, principalmente após a construção da ferrovia, inaugurada em 1910. A cidade cresceu ao seu redor e neste burburinho chegavam as notícias, os produtos, os visitantes e, escoava-se a produção local.

Assim, por volta de 1930, o movimento pró-emancipação se formou e pelo Decreto Estadual n.º 565 de 26 de março de 1934, o Interventor Federal Aristiliano Ramos, desmembrou Jaraguá de Joinville, tornando-o Município e nomeando para Prefeito, o então Intendente, José Bauer. No dia 8 de abril de 1934 ocorre a solenidade de instalação do município na sede da Intendência de Jaraguá, perante inúmeras autoridades e a comunidade, que muito prestigiou o evento.

Em 1943, pelo decreto n.º 941 o município passa a ser Jaraguá do Sul. Por sua vez, o Distrito de Hansa também busca sua emancipação, efetivando-se através da Lei n.º 348 de 21 de junho de 1958 (atual Corupá).

Jaraguá do Sul, uma das principais cidades de Santa Catarina, é um vale verde cercado por montanhas cobertas de matas, onde se sobressai o Morro Boa Vista, com 923 metros de altura, estrategicamente situado como um exuberante pano de fundo e cartão-postal da cidade.

Com uma população aproximada de 170.000 habitantes, a cidade é um dos principais parques fabris de Santa Catarina, importante polo econômico e de exportação. São mais de mil indústrias de pequeno, médio e grande porte, que fabricam os mais variados produtos, principalmente dos setores de metalmecânica, malhas, confecções, móveis, chapéus, gêneros alimentícios, essências, cosméticos, além de componentes eletrônicos e informática.

A educação, sempre foi motivo de preocupação na cidade desde os tempos dos primeiros colonizadores, e atualmente oferece excelência no ensino desde o infantil ao superior, com centros de educação infantil, escolas públicas e particulares, escolas técnicas e universidades.

A descendência de sua população – alemã, negros, italianos, húngaros e poloneses – tem uma forte contribuição na formação cultural da cidade. Com suas Associações Étnicas, Sociedades de Tiro, suas Edificações Históricas e com seus  museus de diferentes temáticas, Arquivo Histórico e Fundação Cultural, a cidade demonstra sua preocupação na preservação de seu patrimônio cultural. Entre os eventos para diversos públicos, podemos destacar a Schützenfest – Festa dos Atiradores, realizada em novembro, para motivar uma das tradições mais enraizadas do município, o tiro ao alvo, mantido pelas Sociedades de Tiro, remanescentes dos imigrantes germânicos. Com desfiles alegóricos, danças folclóricas, bailes e gastronomia típica e as competições de tiro que são o atrativo maior da Schützenfest.

A cultura também é destacada no turismo, setor que a cidade vem profissionalizando nos últimos anos. O desenvolvimento das atividades culturais em Jaraguá do Sul favoreceu a construção do centro cultural SCAR – Sociedade Cultura Artística, por onde passam espetáculos nacionais e internacionais, como o Festival de Música de Santa Catarina (FEMUSC). Temos também a Arena Jaraguá, obra que foi concebida por arquitetos jaraguaenses com foco no esporte, porém, com espaços de múltiplo uso e uma estrutura de grandes proporções, que recebe eventos culturais, de negócios como feiras e congressos e shows musicais.

Jaraguá do Sul cresce, pela força empreendedora de seus habitantes, que nunca esquecem suas raízes, que valorizam o que foi construído pelos antecessores e perpetuam seus ensinamentos.

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